sexta-feira, 29 de outubro de 2010

introdução à alimentação infantil - 1a parte

Se eu aprendi a cozinhar, e mais importante que isso, se seu aprendi a comer bem, foi graças ao Arnaldo, meu filho mais velho. Como eu disse brevemente nesse primeiro post minha alimentação nunca foi das melhores. Desde pequena, comia muitas frutas e me alimentava relativamente bem até. Eu não comia cebola, verdinhos, salada e coisas do tipo, como (infelizmente) grande parte das crianças. E o negócio piorou na adolescência, quando eu chegava ao cúmulo de almoçar rocambole que vem com faquinha.

Mas minha época foi aquela em que se comprava um (só um) refrigerante de 1 litro que durava todo o final de semana, as bolachas recheadas só existiam em dois sabores, morango ou chocolate e a ida ao McDonald's só acontecia em momentos muito especiais (tipo aniversário ou dia das crianças).

Hoje em dia, tudo descambou e tem criança que toma refrigerante todos os dias (inclusive na mamadeira ou no lanche da escola), que quer comer o lanche-que-vem-com-brinquedo todos os dias e que não sabe que existem outras formas de se comer batata, além dela frita e dentro de uma caixinha ou de um saquinho metálico. E isso no Brasil, né? Porque lá fora a situação é bem pior.

E o mais triste disso tudo, é o crescimento proporcional de porcarias, crianças que comem porcarias e pais impotentes que deixam as crianças comerem as porcarias que querem, quando quiserem. Mas, vou me aprofundar sobre esse assunto, em outro post.

E é por isso, que eu decidi escrever uma série de posts aqui no blog sobre alimentação infantil. Não é difícil fazer com que seu filho seja o menino da proganda da chicória, mas infelizmente, existem muitas mães que tem diversas dúvidas sobre o assunto, vários profissionais que acabam não ajudando muito e também muita (MUITA) gente pra dar pitaco, e mais, vários mitos (errados), como aquele da sua tia, que diz que o bebê só alimentado com leite materno vai morrer de sede se não beber água.

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Bom, eu não poderia começar essa série de posts que virão sobre alimentação infantil, sem falar do primeiro e mais importante alimento que seu bebê precisa: leite materno. Mas, como, antes de tudo, esse é um blog sobre comida, não vou me aprofundar sobre o assunto.

A amamentação deve começar na primeira hora de nascimento do bebê. Existem muitos estudos que mostram os benefícios da amamentação na primeira hora (leia mais sobre isso aqui), além do que, por experiência própria, é umas das coisas mais incríveis do mundo.

Ao longo dos primeiros meses de vida do bebê, ele não precisa de nada além do leite materno. Não precisa de chá, de suquinho e nem de água, por mais que você esteja em pleno Rio 40 graus e aquela tia continue insistindo que seu bebê tá morrendo de sede. O leite materno vem sempre fresquinho, mata a sede (quando tá mais ralinho), mata a fome (quando tá mais branquinho), sempre na medida certa, dá aconchego, pode ser servido facilmente na hora que o bebê quiser (é só levantar a camiseta!) além do que, o gosto do leite muda conforme o que a mãe come, então ele já começa a sentir uma variação de sabores desde cedo, e até fazer com que ele tenha uma certa preferência por determinado alimento que a mãe coma com mais frequência. Além dos anticorpos e de todos os outros benefícios que existem também para a mãe.

E como eu disse, esse é um blog de comida, então não me aprofundarei sobre outras questões sobre amamentação, mas no final do post, tem alguns links para quem quiser saber mais sobre o assunto.

Mas e aí, quando o bebê começa a comer outra coisa, que não seja leite materno? Bom, segundo a OMS, outro tipo de alimento deve ser introduzido à partir dos 6 meses. Mas, isso não é regra. Principalmente porque, cada criança é uma criança, algumas demonstram estarem preparadas para comer antes ou depois dos 6 meses. Esse período tem que ser considerado apenas como média. É como a história do indiozinho. Lá na tribo, a índia mãe não entra na internet pra ler recomendações da OMS, nem nada do tipo. O bebê observa os adultos comerem, e quando ele sentir vontade, ele vai lá e come também. E se é comprovado científicamente que o bebê é quem decide dar o primeiro passo para nascer, parece lógico pensar que o bebê é tambem quem decide quando vai começar a comer, não é?

Mas o principal indicador de que o bebê está pronto para comer, é quando ele aprende a sentar. Quanto melhor ele senta, mais preparado ele estará. Isso faz com que ele consiga comer sem o alimento voltar, além do que, diminui a força para cima do esôfago. Você já comeu meio deitado? É horrível, né? Então, tenha certeza de que para o bebê também será.

Pra mim, como mãe, esses são passos fundamentais para o bebê começar a comer bem, sem traumas, sem pressão e tendo prazer, como deve ser.

Ah, e lembrando que quando ele começar a comer, ai sim você pode oferecer água para o bebê, algumas vezes ao longo do dia e parar de deixar sua tia de cabelo em pé.

No próximo post, vou falar sobre como introduzir os sólidos e minha experiência sobre o assunto.

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Links bacanas sobre aleitamento materno:
http://amamentacaoexclusiva.blogspot.com/
http://www.amigasdopeito.org.br/
http://matrice.wordpress.com/
http://www.aleitamento.com/
http://www.llli.org/ (la leche league)

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E por último, umas das minhas fotas preferidas: joaquim mamando, logo depois de nascer, em um parto que teve 4 dias de bolsa rota, várias horas de trabalho de parto, mas de forma natural e humanizada.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

sopa de cenoura e curry com creme de wasabi


Meu filho mais novo, o Joaquim, não é fã de legumes. Enquanto o Arnaldo, o mais velho, leva até brócolis cru na lancheira, Joaquim separa meticulosamente todos os pedaços de legumes que ele não gosta (a maioria), em qualquer comida que eu faço. Em compensação, Joaquim ama fruta. Ama a ponto de comer 3 maçãs ou 5 bananas (nanica, tá?) de uma vez só. Ou comer um mamão enorme e uma bacia de uva em seguida. 

Bom, ele não gosta de legumes, mas ele ama sopa. Posso fazer até sopa de chuchu com jiló, que se eu bater tudo e ficar sem pedacinhos, ele come e ainda acha delícia. Cenoura crua raladinha, assada, cozida? Nem pensar. Na sopa? Adora! Então, de tempos em tempos em faço uma sopa assim, batidinha, com temperos mais fortes, do jeito que ele gosta. 


Sopa de cenoura e curry com creme de wasabi

INGREDIENTES:
3 colheres de sopa de manteiga sem sal
2 cebolas médias, picadas
900g de cenoura, cortadas em rodelas finas
125ml de sakê ou suco de maçã (sem açúcar)
1.5l de caldo de frango ou vegetal (caseiro preferencialmente)
1 pedaço de uns 5cm de gengibre, ralado finamente
1 colher de sopa de curry
1 a 3 colheres de sopa de mel
sal e pimenta-do-reino moída na hora a gosto
1 colher de sopa de wasabi (ou a gosto)
250ml de iogurte integral
cebolinha

PREPARO:
Comece derretendo a manteiga numa panela de fundo grosso. Adicione a cebola, e cozinhe até ficar macia. Adicione as cenouras, o sakê (ou suco de maçã) e cozinhe por mais alguns minutinhos. Adicione o caldo, o gengibre e o curry e leve a fervura em fogo alto.

Reduza o fogo para o mínimo, e deixe ferver lentamente por 40 minutos, ou até as cenouras ficarem bem macias.

Retire do fogo. Em etapas, bata a sopa no liquidificador ou use um mixer direto na panela, tomando cuidado para não respingar. Adicione o mel a gosto, o sal e a pimenta. Volte a panela ao fogo e deixe até ferver.

Enquanto isso, prepare o creme de wasabi, misturando o wasabi em pó com o iogurte.

Sirva a sopa quente, decorando com a cebolinha, se quiser.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

muffins de baunilha e baunilha.



São muffins. E são de baunilha. E mata a minha gula por coisas com muita baunilha, além de serem ótimos para o café da manhã, pois não são muito doces. Além do mais, é uma opção boa para a lancheira das crianças. E este post é bem sem inspiração mesmo, porque ainda estou me recuperando do show da DMB no RJ, na semana passada!


Muffins de baunilha e baunilha
(só um pouquinho adaptado daqui)


Rendimento: de 14 a 16 muffins


INGREDIENTES:
Massa
150g de manteiga amolecida
300g de açúcar
1 fava de baunilha
2 ovos grandes
2 colheres de chá de extrato de baunilha
420g de farinha de trigo para bolos (retire 3 colheres de sopa de farinha de trigo e substitua por 3 colheres de sopa de amido de milho, se não tiver a farinha para bolos)
1 colher de sopa de fermento em pó
1/2 colher de chá de sal
250ml de leite


Calda
100g de açúcar
125ml de água
2 colheres de sopa de glucose de milho
1 fava de baunilha


PREPARO:
Pré-aqueça o forno a 180°C e preencha uma forma de muffins com as forminhas de papel (usei uma com capacidade para 12 e outra com capacidade para 6).


Abra a fava de baunilha, no sentindo do comprimento, raspando as sementinhas com as costas da faca. Coloque na batedeira, junto com o açúcar e a manteiga, usando a pá. 


Acrescente os ovos, o extrato de baunilha, e bata até homogeneizar. Junte os ingredientes secos, e adicione o leite gradualmente. Certifique-se de que todos os ingredientes estão bem misturado.


Coloque as colheres de massa na forminha, e encha-as quase que por completo. Eu usei uma colher de sorvete, pra ajudar a ficar com o topo bem redondinho. Leve ao forno até estarem assados, fazendo o teste do palito.


Enquanto isso, abra a outra fava de baunilha, no sentido do comprimento e coloque numa panelinha, junto com o restante dos ingredientes da calda. Ferva por 5 minutos, e reserve até quase esfriar.


Assim que os muffins saírem do forno, pincele-os generosamente com a calda. Repita a operação.



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